Imensamente citável, universalmente atraente, lido em todo o mundo – esse é Paulo Coelho, o rei indiscutível da literatura popular brasileira. O homem por trás de O Alquimista, um dos romances mais vendidos já escritos, pode ser um guru espiritual para muitos, mas seu passado é marcado por episódios de magia negra, drogas e orgias.
Quando Paulo Coelho nasceu em 24 de agosto de 1947, ele viu sua avó ao lado dele e lembrou do momento para o resto de sua vida – ou assim ele afirma. Dezessete anos depois, ele desembarcou em um manicômio, enviado para lá por seus pais que estavam preocupados com suas tendências anti-sociais; ele escapou três vezes antes de finalmente ser libertado em 1967.
Após sua libertação, a vida de indiscrições juvenis de Coelho começou. Ele passou seus vinte e trinta anos escrevendo músicas para Raul Seixas (o astro do rock mais famoso do Brasil) ouvia a pregação de um guru satanista, consumia drogas, desfrutava de vários tipos de orgias e vivia uma vida que era geralmente percebida como ‘subversiva’ pelos então brasileiros -governo militar.
Preso por esse mesmo governo por conta de atividades subversivas e torturado com choques elétricos na genitália, Coelho admite que a experiência foi traumática, mas não lamenta nada. Após uma ruptura repentina com o estilo de vida rock’n’roll que se seguiu à sua captura, Coelho vagou pelo mundo sem nenhum propósito maior.
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