A mente de Peter se acelerou, o peso do que acabara de testemunhar o pressionando. Seus pensamentos giravam em torno das súplicas desesperadas dela, dos rostos inocentes das crianças, da confiança que ele havia demonstrado. “Foi tudo uma mentira?”, ele murmurou, com as mãos agarrando a borda da cortina.
Uma onda de raiva surgiu, mas por baixo dela havia uma sensação de arrependimento. Ele havia ignorado seu instinto, dispensado os avisos e agora isso. No entanto, misturada à fúria havia uma profunda tristeza. Ele queria acreditar nela, fazer algo bom. Mas agora, ele se sentia tolo.
Por vários minutos, Peter permaneceu junto à janela, olhando para a rua vazia. A casa estava em silêncio, mas sua mente fervilhava de ruídos – perguntas, raiva e uma sensação esmagadora de traição. Finalmente, ele se virou, com o corpo pesado pelo peso dos acontecimentos da noite.