De chimpanzés a tamanduás – O excêntrico mundo dos animais de estimação das celebridades


21. Cobra de Zorita

Zorita, uma célebre dançarina exótica da década de 1930, tinha uma afinidade com sua cobra de estimação que causou um grande alvoroço no centro de Miami. Em um dia aparentemente comum, 22 de fevereiro de 1939, a dançarina, então com 21 anos, decidiu levar sua cobra de estimação para um passeio ao meio-dia pela movimentada Flagler Street. A visão de Zorita e sua companheira deslizante rapidamente atraiu uma multidão, transformando um passeio cotidiano em um espetáculo que transbordou para a rua, deixando o trânsito lento.

A visão incomum acabou levando ao envolvimento da polícia local, que chegou ao local devido à interrupção do tráfego. Em uma tentativa de dispersar a multidão e restaurar o fluxo normal do tráfego, Zorita e sua cobra foram escoltados até a delegacia de polícia. O incidente gerou especulações entre policiais veteranos, que sugeriram a possibilidade de um golpe publicitário premeditado. No entanto, Zorita descartou tais afirmações, insistindo que ela e seu animal de estimação estavam simplesmente “aproveitando a brisa da manhã”.

Independentemente da intenção, o incidente, sem dúvida, trouxe Zorita e sua cobra para o centro das atenções. Apenas dois dias depois, um anúncio com Zorita e seu companheiro réptil apareceu nas últimas páginas do Miami Daily News, marcando o início de uma longa série de anúncios que seriam veiculados nos jornais locais pelos próximos quarenta anos. Esses anúncios narravam o vínculo único entre Zorita e sua cobra de estimação, um relacionamento que continuou a cativar Miami até sua morte em 2001, aos 85 anos de idade.