24. O cervo de Frida Kahlo
A renomada artista Frida Kahlo tinha uma coleção de animais de estimação que poderia rivalizar com um zoológico, mas entre todos eles, um certo cervo chamado Granizo ocupava um lugar especial em seu coração. Granizo não era apenas um animal de estimação comum; essa elegante criatura serviu de musa para uma das obras de arte mais pungentes de Kahlo, “The Wounded Deer” (O cervo ferido). Agora, se você tem uma imagem de Kahlo vivendo uma vida tranquila e idílica com seu gentil cervo, segure-se em seus assentos, porque a história dos animais de estimação de Kahlo é tudo menos mansa.
É claro que Granizo pode ter sido o mais quieto, mas a casa de Kahlo era um caos alegre de residentes com penas e peles, cada um com mais personalidade que o outro. Imagine uma variedade de macacos-aranha brincando, papagaios gritando sem parar, pombas arrulhando, dois perus orgulhosos se pavoneando, uma águia-pescadora conhecida de forma bem-humorada como Gertrudis Caca Blanca (graças ao seu hábito de sujar as escadas de branco) e uma matilha de nobres cães mexicanos sem pelos, que permaneciam como sentinelas silenciosas, incorporando a tradição mesoamericana pela qual Kahlo era tão apaixonada.
No entanto, o animal mais festeiro entre os animais de estimação de Kahlo era, sem dúvida, um de seus papagaios. Esse belo amigo de penas era conhecido por sua afinidade com cerveja e tequila. A frase “festeiro” ganhou um significado literal com esse papagaio, que era conhecido por cantar: “No me pasa la cruda!” depois de se deliciar. Para quem não fala papagaio (ou espanhol), isso significa “Eu não vou sobreviver a essa ressaca!” Esse é um pássaro que sabia como se divertir! A casa de Frida Kahlo, com sua variedade colorida e cômica de animais de estimação, certamente deve ter sido um espetáculo para ser visto, refletindo a excentricidade vibrante da própria artista.