O interior do depósito era um labirinto de sombras e silêncio, pontuado pelo som ocasional de água pingando. As unidades de armazenamento se alinhavam nas paredes, cada uma trancada e etiquetada com números e nomes desbotados pelo tempo. À medida que Mark se aventurava mais profundamente no depósito, o eco de seus passos preenchia o vasto espaço, uma melodia assombrosa que tocava junto com a música de seu coração acelerado.
Ele parou abruptamente quando chegou à unidade número 37. Ela não era diferente das outras – fria, suja e pouco convidativa. No entanto, ela se destacava como um farol em meio ao mar de bens esquecidos, pois trazia um nome que fez seu coração bater mais forte – o nome completo de Mark.
Ele olhou para o nome, gravado na placa de metal enferrujada. A mente de Mark se agitava enquanto ele absorvia essa nova revelação. Seu pai havia planejado isso, mas com que objetivo? Seria uma parte do jogo elaborado de Richard, uma peça do quebra-cabeça enigmático que ele havia deixado para trás? Ou era algo mais, uma mensagem silenciosa de um pai para seu filho?
Uma série de emoções misturadas o percorreu – surpresa, curiosidade e uma pitada de apreensão. Sua mão alcançou a fechadura e ele se lembrou da chave que havia encontrado na cabine. Ele a inseriu e girou. Ela se encaixou. A fechadura se abriu com um rangido enferrujado que ecoou pelo armazém silencioso.