Um filho herda a mansão abandonada de seu pai e percebe que lhe mentiram durante anos

Os olhos de Mark se arregalaram à medida que se ajustavam à luz fraca, absorvendo a visão surpreendente que enchia a sala. Era um escritório antiquado ou, talvez, melhor descrito como o escritório de um cartógrafo. Mapas antigos forravam as paredes, com as bordas onduladas pela idade, o pergaminho amarelado e quebradiço. Os continentes e as rotas marítimas representados pareciam estranhamente distorcidos, não totalmente em sincronia com a geografia que Mark havia aprendido.

Uma pesada escrivaninha de carvalho dominava o centro da sala, cheia de documentos espalhados, frascos de tinta desbotados, cartas antigas e uma variedade de outros instrumentos, incluindo uma bússola de latão, um astrolábio de aparência antiga e uma bela lupa antiga com um intrincado cabo de prata. A cadeira foi empurrada para trás, como se o ocupante tivesse acabado de se levantar e voltasse a qualquer momento.

Entre os pergaminhos espalhados, havia livros sobre a estação de trabalho, com suas encadernações envelhecidas e capas cobertas de poeira. Eles variavam de textos históricos e crônicas marítimas a tomos enigmáticos em idiomas que Mark não conseguia identificar.

Tudo parecia fazer parte de um sofisticado quebra-cabeça que Richard havia passado a vida tentando resolver. Mark quase podia ver seu pai debruçado sobre a estação de trabalho, com os olhos examinando os mapas e os dedos traçando rotas invisíveis, perdido em seu próprio mundo de enigmas e descobertas.