Em seguida, ele encontrou recortes de jornais antigos, amarelados pela idade, cuidadosamente preservados. Eles narravam histórias de artefatos desaparecidos, descobertas arqueológicas, mistérios não resolvidos e relatos de tesouros esquivos. Mark sentiu um arrepio na espinha ao perceber que essas histórias de fortunas perdidas e expedições secretas não eram apenas histórias para Richard.
Entre os documentos, havia fotos antigas, aparentemente banais à primeira vista. Eram imagens de monumentos históricos, locais obscuros e prédios antigos, cujo significado não estava claro para Mark. Cada fotografia, entretanto, tinha anotações minuciosas na caligrafia de Richard, coordenadas, datas e observações enigmáticas que só aumentavam a curiosidade de Mark.
Finalmente, Mark notou uma pequena caixa de madeira escondida embaixo da escrivaninha. Ele hesitou por um momento e, em seguida, levantou a caixa com cuidado, limpando anos de poeira acumulada. Ao abri-la com cuidado, seu coração bateu forte no peito. A caixa continha vários passaportes, cada um com a foto de Richard, mas com nomes e nacionalidades diferentes.
A respiração de Mark ficou presa em sua garganta. A vida secreta de seu pai era muito mais complexa do que ele jamais havia imaginado. Essa descoberta era uma prova do mundo perigoso em que seu pai havia navegado, um mundo cheio de subterfúgios e perigos. O homem nesses passaportes estava muito longe de ser o homem de que ele se lembrava. Era um estranho, um aventureiro, um homem misterioso.