Sua mente racional lhe dizia que era apenas uma chave, uma relíquia enferrujada do passado, mas, no fundo, uma parte dele tremia de ansiedade. Sua pulsação se acelerou e sua respiração ficou presa enquanto ele contemplava o que essa chave poderia significar. Mark sentiu uma onda de emoções – medo, excitação, descrença e curiosidade, todas misturadas em um nó apertado.
As sombras se alongaram e a sala escureceu ao seu redor. Mark se viu dividido entre o fato difícil que ele havia se acostumado a aceitar – seu pai havia desaparecido sem deixar vestígios, deixando para trás apenas perguntas sem respostas – e a possibilidade tentadora de que agora ele poderia descobrir uma parte do passado misterioso de seu pai. Ele se sentou pesadamente sobre a velha escrivaninha, com a chave firmemente presa em sua mão, um único pensamento ecoando em sua mente.
E se?
Será que essa chave abriria uma porta para o passado de seu pai, desvendando os mistérios que o perseguiram durante todos esses anos? Ou será que isso apenas levaria a mais perguntas, mais confusão, mais enigmas sem resposta? Mas ele não podia negar a emoção que o percorria, a sensação de estar à beira de algo grande. Pela primeira vez desde que herdara a propriedade, Mark não sentia medo ou tristeza, mas sim entusiasmo – um desejo ardente de descobrir
O sol da manhã atravessou as janelas manchadas pelo tempo da mansão, lançando longos feixes de luz dourada nos cômodos carregados de poeira. Ele iluminava a grandiosidade que existia e a degradação que agora existe, iluminando os móveis quebrados, as teias de aranha nos cantos e o papel de parede amarelado que descascava em alguns lugares. A mansão tinha uma quietude sinistra, do tipo que você encontraria em uma biblioteca esquecida, com contos silenciosos pairando no ar.